Memória da dor: para que nunca mais aconteça, para nunca mais esquecer.
Certos lugares reúnem em si aspectos simbólicos fortemente impactantes para a memória de determinados grupos: tratam-se de lugares de “memória difícil”, visto que participaram de episódios traumáticos na vida de grupos muitas vezes marginalizados ou em condição de fragilidade institucional. Outros lugares são símbolos de processos de construção de direitos de cidadania, seja por terem sido palco de eventos relevantes para esta construção, seja por sintetizarem certos anseios e desejos de determinados grupos. Outros são ainda difíceis de manejar pois simbolizam a violência dos vencedores da história. Como lidar com esses lugares? Basta conservar sua materialidade? Como sua memorialização pode não se transformar em mera folclorização de suas histórias? Eles têm poder de agência na construção de direitos?
Sumário
- 1min. Conversa
- 51min20s. Em tese
- 1h11min20s. Microcrônica
Participantes
Participaram dessa edição do Fora de prumo: Arthur Francisco (que também introduz e narra o episódio), Diego Brentegani, Gabriel Fernandes e Karina Kodaira.
Na seção Em tese Arthur entrevista a pesquisadora Aline Darc Pirculo dos Santos. Na entrevista Aline fala sobre sua dissertação de mestrado, defendida recentemente no Programa de Pós-Graduação em Design da Unesp de Bauru. A dissertação é intitulada Tecnologia assistiva para pessoas com deficiência visual: Avaliação da eficiência de dispositivos para mobilidade pessoal e pode ser consultada no repositório institucional da Unesp.
Na seção Microcrônica, Arthur narra o conto “A cidade e os mortos 4” do livro As cidades invisíveis de Ítalo Calvino.
Complementos
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- Conheça o trabalho da Coalizão Internacional de Lugares de Consciência e da Rede de Lugares de Memória da América Latina e Caribe.
- Comentamos o texto clássico de Pierre Nora sobre lugares da memória francesa: Entre memória e história — a problemática dos lugares.
- Em 2018 a Unesco tornou pública uma minuta de carta sobre os lugares de memória. A versão em inglês do documento está aqui.
- Comentamos o recente trabalho desenvolvido por pesquisadores da UFMG e coordenado pelo professor Leonardo Castriota sobre o tombamento de Bento Rodrigues e sua caracterização como lugar de memória sensível. Consulte o dossiê.
- Veja a intervenção de Fernando Piola no edifício do DOI–CODI (Operação Tutoia) e o trabalho de Francis Alÿs.
- Ouça a edição #47 do Lado (B)lack com a pesquisadora Patrícia Pimenta, que fala sobre os lugares de memória da cultura e presença negra no território paulistano.
Confira ainda outros inventários de lugares de memória e consciência no Brasil:
- Inventário dos lugares de memória do tráfico atlântico de escravos e da história dos africanos escravizados no Brasil (PDF);
- Memórias resistentes, memórias residentes — lugares de memória da ditadura civil-militar no Município de São Paulo.
#foradeprumoacessível
Fotografia aérea de uma região atingida pelo alagamento resultante do colapso de uma barragem de rejeitos. O tom geral da fotografia é marrom: várias construções em situação de ruínas encontram-se encobertas por lama.
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