Será que Passaic tomou o lugar de Roma, a cidade eterna?
Em 1967, Robert Smithson — um dos nomes mais conhecidos da land art nos EUA — fez uma viagem à sua cidade natal, Passaic, em Nova Jérsei. Desta viagem resultou um breve relato pelo qual o artista propõe um olhar renovado sobre arte, paisagem, memória e futuro. O texto — intitulado “Um passeio pelos monumentos de Passaic, Nova Jérsei”— se transformou num clássico instantâneo e vem sendo lido, relido, discutido e rediscutido desde então. Neste episódio nós revisitamos Passaic e refletimos sobre o impacto desse texto em nossas práticas.
Participantes
Neste programa Arthur Francisco, Gabriel Fernandes e Natália Gaspar visitaram Passaic.
Complementos
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- O clássico texto “Um passeio pelos monumentos de Passaic, Nova Jérsei”, de Robert Smithson, foi publicado originalmente como “The Monuments of Passaic” na revista Artforum de dezembro de 1967 (volume 6, número 4). Desde então o texto vem sendo republicado em variados veículos com o título pelo qual ele é conhecido hoje (“A Tour of the Monuments of Passaic”). Para mais informações, veja o site da Fundação Holt/Smithson.
- Há algumas traduções disponíveis em português: uma delas, acessível online, foi publicada na revista Arte & Ensaio da Escola de Belas Artes da Universidade Federal do Rio de Janeiro e constitui a base a partir da qual guiamos nossa conversa. A tradução ficou a cargo de Pedro Sussekind com revisão técnica de Cecília Cotrim. Consta se tratar de uma reedição de uma tradução originalmente publicada na revista O nó górdio em 2001. Há também outra tradução (com mais algumas das fotografias produzidas por Smithson além daquelas usualmente reproduzidas junto do texto), de Agnaldo Farias, publicada na revista Espaço & Debates n.º 43–44, de 2003 — esta infelizmente sem versão digital.
- Ao longo da conversa falamos de algumas obras do artista Francis Alÿs — como quando ele transportou pela cidade um enorme cubo de gelo até que o objeto derretesse.
- A respeito das mobilizações da ideia de entropia, falamos de um texto recentemente disparado por Alex Castro em sua newsletter.
- Falamos também sobre o melhor filme de hominho da história do cinema: Superman, de 1978, dirigido por Richard Donner. Também comentamos brevemente a respeito de Downsizing, de 2017, dirigido por Alexander Payne.
- Ao falar sobre land art, fatalmente lembramos de artistas como Walter de Maria — do Campo de relâmpagos (1977), uma de suas mais conhecidas obras.
- O tema do uncanny (que pode ser traduzido como “perturbador”, “inquietante”, “incômodo”, “estranho”, entre outras expressões semelhantes) e suas relações com o mundo da arquitetura foram extensamente discutidas por Anthony Vidler. A expressão ganhou destaque sobretudo a partir do ensaio “Das Umheimliche” de Freud.
- Cinquenta anos após a deambulação de Smithson por Passaic, a artista e cineasta Ellen Mara de Wachter revisitou a cidade procurando refazer o mesmo percurso de 1967. O resultado está registrado em vídeo.
Trilha sonora
A trilha do episódio é “Osmosis”, de Liquid Tension Experiment, e “Love You to BIts (Bit 3)”, de No-Man.
Confira em nossa playlist no Spotify todas as músicas já tocadas no Fora de prumo.
#foradeprumoacessível
Sobre um fundo azul-esverdeado, um antigo ônibus rodoviário aponta para o canto esquerdo da tela. Em sua lateral consta a inscrição “Passaic”. No canto inferior esquerdo da tela consta a marca “F! #28”.
Jogo de cartas do Fora de Prumo
Está em desenvolvimento um jogo de cartas com a marca Fora de Prumo! Se você quiser experimentar uma versão beta do jogo, mande uma mensagem para a gente em contato@foradeprumo.com. Será um prazer conhecer as impressões de vocês sobre esta proposta de jogo.
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