Somente as pessoas muito superficiais não julgam pelas aparências.
Interpretar, resenhar, explicar. Em vez de simplesmente apreciar experiências estéticas, somos impelidos a tentar encontrar uma razão — um sentido, um significado, uma explicação — para elas, como se não pudéssemos suportar que tais objetos simplesmente existam sem que sejam classificados ou dotados de um fundamento intelectual ou de utilidade moral. Susan Sontag, ainda que crie algumas armadilhas ao mesmo tempo em que tenta desarmar outras, nos ajuda a pensar na dicotomia forma–conteúdo em que muitos de nós ainda estamos presos e nos provoca para a possibilidade de julgar as coisas apenas pelas suas aparências.
Participantes
Arthur Francisco conduz a conversa com Angelo Régis, Gabriel Fernandes e Natália Gaspar. A edição é de Arthur Francisco e a narração na introdução é de Natália Gaspar.
Complementos
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- Para saber mais sobre Susan Sontag, ouça nosso outro episódio sobre a autora, no qual conversamos sobre o ensaio “Notas sobre o camp.”
- “Contra a interpretação” (“Against Interpretation”, no original) é um dos ensaios mais famosos de Susan Sontag e foi publicado em dezembro de 1964 na revista Evergreen Review. Há traduções para o português disponíveis na web, além de uma edição de seu livro Contra a interpretação e outros ensaios, publicado pela Companhia das Letras. Um PDF do texto original encontra-se aqui.
- Em 1964 também foi publicado o famoso ensaio “O mundo da arte” (“The Artworld” no original) de Arthur Danto. O texto original pode ser lido aqui. (ou via Sci-Hub, caso prefira 🙂)
Trilha sonora
Ouvimos trechos de “Tio Macaco” de Snarky Puppy.
Confira em nossa playlist no Spotify todas as músicas já tocadas no Fora de prumo.
#foradeprumoacessível
Sobre um fundo em cor ciano repousa o livro Against Interpretation, de Susan Sontag. No canto inferior esquerdo consta a inscrição “F! #29”.
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